O empresário Mário Ferreira pede para ser constituído arguido e ser ouvido no processo do navio “Atlântida”.

Segundo a carta recebida pela Renascença, o CEO da Douro Azul pediu ao procurador do processo para ser ouvido em interrogatório, o mais brevemente possível, para exercer o direito de defesa.

A defesa do empresário alega que a investigação decorre desde 2016, e que Mário Ferreira “nunca foi ouvido” nem pedida documentação, nem foi constituído arguido, apesar de sempre se ter manifestado disponível.

Em causa, tudo indica, está um inquérito do Departamento Central de Investigação e Ação sobre a venda do navio Atlântida em 2015. A embarcação tinha sido comprada em setembro de 2014 por 8,7 milhões de euros - na altura, muito abaixo do valor de mercado - e foi vendida oito meses depois por 17 milhões de euros. O Ministério Público chama-lhe “caso Ferry”.

A Douro Azul confirma a realização de buscas na sua sede, na cidade do Porto, não esclarece os factos em investigação, mas diz estar a colaborar com os investigadores.