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A ministra da Saúde não exclui a adoção de eventuais novas medidas de confinamento, perante uma possível quinta vaga da pandemia de Covid-19.

Em declarações aos jornalistas, esta sexta-feira, em Penafiel, Marta Temido refere que "os cenários têm de estar todos em aberto. Não o desejamos, desejamos que não tenhamos de ter esta conversa".

Esta sexta-feira, o boletim diário da Direção-Geral da Saúde indica que, nas últimas 24 horas morreram mais três pessoas e foram contabilizados 1.751 casos de Covid-19.

Perante a tendência evolutiva de novas infeções e com uma previsão que aponta para 2.000 casos diários de infeção na primeira metade de dezembro, a ministra da Saúde diz esperar que "numa próxima reunião de peritos possamos ter informação que evidencie que, apesar de estarmos a subir, estamos a conseguir controlar a situação".

"Mas recordo que, na última reunião de peritos do Infarmed, já nos foi referido que novembro e dezembro eram os meses que as coisas começariam a ficar mais complexas em termos de contexto", avisa Marta Temido.

Sobre a nova fase da vacinação, Marta Temido admitiu que haverá “momentos de constrangimento no acesso”, sublinhando que o país vai ter “casa aberta novamente e autoatendimentos locais”.

“Para a semana vamos ter muita pressão, como já tivemos no passado. É natural que se formem algumas filas, procuraremos melhorar as condições de espera para as pessoas e provavelmente não vai correr tudo bem”, reforçou.

Questionada se o país está preparado para responder à quinta vaga, respondeu: “Estamos a assistir à situação da Europa, onde países muito robustos estão debaixo de uma quinta vaga muito evidente. É o caso da Alemanha. Nós temos de fazer a nossa parte, estamos preparados para responder o melhor possível”.

Apesar disso, observou a governante, “há sempre uma capacidade”, que se tem “vindo a reforçar, mas que não é infinita”.

“Está tudo nas nossas mãos, se não formos surpreendidos por mais uma variante. Se fizermos tudo ao nosso alcance, estaremos seguramente mais protegidos”, indicou aos jornalistas.

Marta Temido assinalou, por outro lado, que no contexto português “aquilo que está mesmo em cima da mesa é olhar para as medidas não farmacológicas, apelar ao seu cumprimento, apelar à vacinação da população elegível, o quanto antes, de forma a estarmos o mais protegidos possível”.