A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas na Câmara Municipal de Lisboa, avançou a SIC Notícias e confirmou a autarquia.

Em causa na "Operação Olissipus" estão alegados crimes de abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção, prevaricação, violação de regras urbanísticas e tráfico de influências, adianta a PJ, em comunicado.

As autoridades executaram "28 mandados de busca, 10 buscas domiciliárias e 18 não domiciliárias, visando a recolha de documentação relacionada com suspeitas de práticas criminosas, sob investigação", refere a Judiciária.

A ação desenvolveu-se em Lisboa, Sintra, Cascais, Caldas da Rainha e Alvor, contando com a participação de seis magistrados do Ministério Público e de 90 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.

"As investigações prosseguem", adianta aquela força.

Até ao momento, não informação sobre se alguém foi constituído arguido.

A Câmara de Lisboa confirma, em comunicado, que uma equipa da Judiciária, a pedido do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), realizou buscas em instalações da autarquia, no Campo Grande e nos Paços do Concelho.

As buscas estão relacionadas com várias empreitadas, adianta em comunicado a autarquia liderada por Fernando Medina.

"Estas buscas resultaram de várias denúncias, incluindo participação ao Ministério Público pelo próprio Município na empreitada na Segunda Circular cancelada pela autarquia, a processos urbanísticos (Hospital da Luz, Torre da Av. Fontes Pereira de Melo, Petrogal, Plano de Pormenor da Matinha, Praça das Flores, Operação Integrada de Entrecampos, Edifício Continente, Twin Towers, Convento do Beato) e empreitadas: Segunda Circular, São Pedro de Alcântara e Piscina Penha de França."

O executivo camarário refere que a investigação à "empreitada anulada pelo município na Segunda Circular, como a Torre de Picoas e Hospital da Luz" já havia sido noticiada em julho de 2017.

"As diligências hoje efetuadas são as primeiras que a Câmara tem conhecimento sobre estes processos", sublinha o comunicado da autarquia.

A Câmara de Lisboa facultou toda a documentação pedida pelos inspetores da Judiciária e garante total colaboração na investigação.

[notícia atualizada às 15h46]