Rui Moreira garantiu que esta "não é uma embirração" do município e que a interrupção da linha do elétrico não vai ser aceite "qualquer que seja a consequência".
Autarca ameaça exigir a suspensão dos trabalhos se o calendário de execução não for cumprido. "Mais uma vez, estes atrasos revelam a importância de o Metro de Lisboa ser gerido pela Câmara Municipal de Lisboa e não pelo Governo."
O plano lançado em 2016 devia ter ficado concluído em 2021. Mas os primeiros anos foram apenas de "comunicação política", acusa João Cunha, especialista em ferrovia. Agora, os passageiros sofrem com os atrasos, que tornam os comboios menos fiáveis e pontuais.
Entre as obras que vão condicionar a circulação estão a expansão do metro, a realização do Plano de Drenagem, a reabilitação da rede de saneamento e a repavimentação de vias.
A expansão da linha Vermelha é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência em 304 milhões de euros e 101,4 milhões de euros através de "verba inscrita ou a inscrever" no ano de 2026.
Segundo a autarquia, os maiores atrasos na entrega de materiais de construção verificam-se sobretudo nas empreitadas que incluem "materiais importados", como, caixilharias, vidros, madeiras ou equipamentos mecânicos e elétricos.