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O concelho da Azambuja quer ser incluída na Área Metropolitana de Lisboa, para efeitos do adiamento da reabertura dos espaços comerciais e maiores medidas de desconfinamento, previstas para segunda-feira.

António Costa explicou esta sexta-feira que algumas medidas de desconfinamento que se vão aplicar ao resto do país, incluindo a abertura de centros comerciais e permissão de concentração de maior número de pessoas, não entrarão em vigor na Área Metropolitana de Lisboa, por ainda existirem zonas com focos de contágio e o número de novos casos continuar a aumentar.

Segundo Luís de Sousa, presidente da Câmara da Azambuja, o seu concelho encaixa nessa descrição. O problema é que o autarca não sabe se para estes efeitos a Azambuja está incluída na Área Metropolitana de Lisboa, ou não.

“Amanhã ou segunda-feira irei falar com alguém ligado ao Governo, porque nós na Azambuja numas coisas somos da Lezíria do Tejo, para outras somos Área Metropolitana de Lisboa e eu não sei neste momento se o senhor primeiro-ministro englobou a Azambuja”, diz.

Apesar da proximidade, tecnicamente, o município não está incluído nesse contexto administrativo. No entanto, o autarca Luís de Sousa refere que a medida é fundamental. “A Azambuja tem de ser incluída na Área Metropolitana de Lisboa e não abrir. E temos aqui o Carregado, por exemplo, que tem aqui um Centro Comercial muito grande e eu vejo as pessoas que infelizmente parece que não fazem caso do que as outras dizem e continuo a vê-los em grupos bastante grandes, sem máscaras, por isso isto preocupa-nos bastante.”

Luís de Sousa explica que o atual quadro de contágio já ultrapassa as fronteiras do pólo industrial e vai nas próximas horas, ou no arranque da semana fazer o pedido ao Governo. “Neste momento já se viram mais quatro casos infetados dentro da freguesia da Azambuja, mais dois em Aveiras de Cima e esta tarde, ao anoitecer, fui informado que temos aqui num bairro social uma família de etnia cigana com dois infetados. Estou preocupado porque têm muitas crianças, a família é numerosa e, portanto, não sei como é que atitudes é que as autoridades irão tomar acerca da vigilância destas famílias.”

A Renascença tentou esclarecer a questão junto do Governo. A resposta foi que as medidas não abrangem Lisboa e Vale do Tejo, mas sim da Área Metropolitana. A Renascença insistiu então, para saber se Azambuja e Alenquer estão incluídos, mas ainda não obteve resposta.