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Os portugueses com menores rendimentos têm quatro vezes mais dificuldade na hora de comprar máscaras de proteção. A conclusão é do mais recente barómetro Covid-19, da Escola Nacional de Saúde Pública, segundo o qual quem ganha menos está exposto ao risco de contágio da pandemia.

O estudo mostra que 60% dos inquiridos sente dificuldades na aquisição de máscaras. Mas, “são as pessoas com menor rendimento que têm mais dificuldades na compra deste material”.

“Uma em cada duas pessoas, que ganhe menos de 650 euros, sente dificuldades na aquisição de máscaras de proteção”, explica à Renascença coordenadora do estudo, Sónia Dias.

Também são as pessoas com rendimentos mais baixos que “mais têm de se deslocar para o local de trabalho”, acrescenta.

Dados que, para a investigadora, são “preocupantes” e revelam “diferenças na exposição ao risco” de contágio.

“Tomando como referência os que ganham 650 euros, percebemos que metade têm de se deslocar para o seu trabalho, enquanto, que nas pessoas com rendimentos superiores a 2.500 euros por agregado familiar, verificamos que 75% estão em teletrabalho”, conclui.

Mas, também há “boas notícias”, sublinha a investigadora da Escola Nacional de Saúde Pública. No que toca ao uso de máscaras: 43% dos inquiridos admite usa-la “somente em determinadas situações”. Já 51% dos participantes no questionário garante usar mascara de proteção “sempre que sai de casa”.