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O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, não responde às críticas do Presidente da República às celebrações na rua do 1.º de Maio, mas sublinha que “é às autoridades de saúde que cabe a definição das regras sanitárias”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu esta segunda-feira que tinha uma ideia "mais simbólica" para se assinalar o 1.º de maio quando abriu a porta à comemoração da data na última renovação do estado de emergência devido à pandemia de Covid-19.

"A minha ideia era mais simbólica e mais restritiva. Não era desta dimensão e deste número", declarou esta segunda-feira o chefe de Estado, falando em entrevista por telefone à Rádio Montanha, da ilha do Pico.

Na habitual conferência de imprensa diária do boletim da Covid-19, o secretário de Estado da Saúde disse que não ia comentar a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa, mas deixou claro quem é que define as regras sanitárias.

“Não comento as declarações do senhor Presidente da República. A única coisa que poderei dizer é que às autoridades de saúde cabe a definição das regras sanitárias de acordo com o que é a melhor evidência, a cada momento”, afirmou António Lacerda Sales.

O governante argumenta que a realidade da pandemia de Covid-19 está a evoluir “a cada momento”.

“As realidades de hoje não eram as realidades de ontem, cada vez que pestanejamos a nossa realidade muda. Por isso, o que posso dizer é que simplesmente isto. Em relação a questão do senhor Presidente não vou comentar as suas declarações, em relação a segunda parte dizer que é às autoridades de saúde que cabe a definição das regras sanitárias de acordo com a melhor evidência e em cada momento”, disse o secretário de Estado da Saúde.