A Associação Transparência e Integridade defende a extinção da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Em causa está a situação dos dirigentes da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que estão em funções há um ano em regime de substituição, quando a lei prevê um período mais reduzido.

A situação é inaceitável, diz João Paulo Batalha, presidente da secção portuguesa da associação, que advoga a extinção deste organismo.

“O que devemos fazer é extinguir a CReSAP e decidir o que são cargos de nomeação política e o que são cargos de administração pública”, afirma.

João Paulo Batalha diz ainda que a comissão “que foi criada com a promessa de despartidarizar a Administração Pública, o que tem feito é validar a partidarização da Administração Pública”.

O mesmo responsável refere ainda que há casos em que, “pelo menos, um concurso foi anulado, assumindo-se que foi anulado porque não foi escolhida a pessoa que o membro do Governo queria”.

Esta reação surge depois de se saber que tanto o presidente como a vice-presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) continuam a exercer o cargo em regime de substituição há um ano, apesar das suspeitas que recaíram sobre os nomes escolhidos pelo Governo. A Renascença sabe que ainda não foi aberto qualquer concurso.