O Tribunal Criminal de Lisboa absolveu o advogado Duarte Lima do crime de abuso de confiança no processo Rosalina Ribeiro, assassinada no Brasil em 2009.

A notícia é avançada pela edição digital do semanário “Expresso”, que indica que o mesmo Ministério Público que tinha acusado ex-líder parlamentar do PSD de se ter apropriado indevidamente de cinco milhões de euros acabou por pedir a sua absolvição.

Para tal, foi crucial o depoimento do afilhado da viúva de Tomé Feteira, Armando Carvalho, que na fase de investigação tinha relatado queixas de Rosalina Ribeiro sobre o advogado português mas, durante o julgamento, disse que a viúva nunca se tinha queixado.

“Tal acusação em relação à minha cliente, com a qual nunca tive nenhum diferendo ou desentendimento, tal como a acusação em relação à herança Feteira, foi repetida milhares de vezes na comunicação social ao longo dos últimos anos. Foi ela, aliás, que serviu de fundamento e motivo para que me fosse atribuído um crime hediondo no Brasil, o crime mais grave que pode ser atribuído a um ser humano”, escreve Duarte Lima, num comunicado citado pela agência Lusa.

A viúva de Tomé Feteira foi morta a tiro, em 2009, e o seu corpo foi encontrado na berma de uma estrada em Maricá, Rio de Janeiro. Para as autoridades brasileiras, os cinco milhões de euros seriam o motivo que teriam levado o advogado a fazer uma emboscada a Rosalina, uma vez que a viúva do milionário português queria que esta lhe devolvesse o dinheiro.

Duarte Lima sempre se declarou inocente.

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