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O mais tardar amanhã haverá relatório sobre o que aconteceu no passado sábado com um helicóptero do INEM que caiu na zona de Valongo, provocando quatro mortos.

O secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, acredita que já nas próximas horas, possivelmente ainda esta segunda-feira, receberá um documento da Autoridade Nacional de Proteção Civil com a descrição dos procedimentos que precederam o socorro às vítimas.

Isto face a trocas de acusações entre a NAV, a empresa que gere a navegação aérea, e a Proteção Civil, de que houve chamadas de socorro por atender e dado o facto de o helicóptero da Força Aérea responsável pelas buscas da aeronave só ter descolado do Montijo quase duas horas depois do primeiro alerta.

Em declarações à Renascença, Artur Neves sustenta que o cenário de chamadas que terão ficado por atender não aconteceu e que essas acusações só podem configurar uma confusão.

"Os serviços da Proteção Civil estão abertos 24 sobre 24 [horas], com múltiplos operacionais e portanto não existe esse tipo de... dizer que ninguém os atendeu. É impossível, absolutamente impossível, pela maneira como os serviços estão organizados."

Para Artur Neves, "seguramente haverá aqui uma confusão que tem de ser esclarecida e que vai ser esclarecida rapidamente". Esse "procedimento prévio está a ser analisado e, portanto, sobre isso nós rapidamente teremos um relatório sobre o que aconteceu".

Questionado sobre quão rapidamente, o responsável diz que "seguramente" haverá um relatório entre hoje e amanhã.

Sem entrar em tantos detalhes, também o ministro Eduardo Cabrita diz aguardar pelas conclusões do inquérito, por ele próprio determinado, aos mecanismos de alerta e de prestação de socorro.

"Determinei o inquérito quer aos mecanismos de alerta, quer aos mecanismos de prestação de socorro quanto às dúvidas existentes sobre os mecanismos de alerta. Aguardo as respostas do inquérito que foi determinado."