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O antigo ministro Armando Vara, que pode começar a cumprir pena de prisão a qualquer momento, acusa o juiz Carlos Alexandre de “perseguição” e “vingança”.

Em entrevista à TVI, Armado Vara argumenta que está a ser vítima de um “brutal erro judicial”, ao ser condenado a cinco anos de prisão efetiva no processo Face Oculta.

“Isto foi desde o princípio, do ponto de vista do Ministério Público, uma perseguição, a que se juntou o juiz Carlos Alexandre”, acusa o antigo ministro socialista.

O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e ex-vice-presidente do BCP considera que Carlos Alexandre foi movido por "vingança".

“Estou convencido que a maneira como chamou a si os dois processos, Marquês e Vistos Gold, tem a ver com essa lógica de vingança”, frisou.

Nesta entrevista à TVI, Armando Vara levanta suspeitas e fala num pedido para ajudar Carlos Alexandre.

“Pergunto-me a mim mesmo, como teria sido a minha vida nestes últimos nove ou dez anos se eu tenho aceitado ajudar o juiz Carlos Alexandre, como me foi solicitado”, afirmou.

O antigo ministro não entrou em detalhes sobre o pedido, mas disse que Carlos Alexandre queria chegar à direção dos Serviços de Informação e Segurança (SIS).

Prestes a ser detido para cumprir a pena de prisão, Armando Vara fala em revolta e diz que não está “preparado para o que aí vem”.

“Eu sou inocente, mais tarde isso virá ao de cima, seguramente. Transporto comigo uma enorme revolta, que não me deixa completamente tranquilo ou preparado para o que aí vem. Mais tarde ou mais cedo, esta questão servirá de exemplo de um brutal erro judicial e eu estou preparado para continuar a lutar para que isto não aconteça a outros”, remata.

Armando Vara é também arguido na Operação Marquês, juntamente com José Sócrates, processo que está em fase de instrução.