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O Governo suspendeu o pagamento de refeições a 12 corporações de bombeiros por suspeita de irregularidades.

Depois de queixas sobre a qualidade das refeições, o Ministério Público instruiu a Protecção Civil a realizar um inquérito às refeições servidas aos operacionais durante os grandes incêndios de Agosto, tendo sido detectadas discrepâncias entre o que foi reportado pelos bombeiros e os documentos comprovativos, avança o “Diário de Notícias”.

O Ministério da Administração Interna decidiu, por isso, suspender os reembolsos por 20 dias e vai rever o quadro de comparticipações.

Quanto à qualidade e quantidade das refeições servidas, só em casos pontuais foram observados pontos negativos. A polémica estalou em Agosto, altura em que algumas denúncias falavam em “refeições inapropriadas face ao desgaste a que os operacionais estão sujeitos”.

Ao “Público”, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Voluntários (ANBV), denunciou uma “tramóia” no desvio de dinheiro das refeições para “compra de equipamentos” ou outras necessidades.

O executivo já pediu esclarecimentos às 12 corporações que apresentaram discrepâncias entre o dinheiro reportado e os comprovativos das refeições.

Contactado pela Renascença, fonte do ministério adiantou que as corporações vão ser ouvidas nos próximos 20 dias, período durante o qual estão suspensos os pagamentos.

As situações mais graves de incêndios em Portugal este ano ocorreram em Junho, em Pedrógão Grande - quando um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos -, e a 15 de Outubro passado, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, que provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.


[notícia actualizada às 9h30]