O número de mortos por legionella no surto do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para três, anunciou a Direcção-geral da Saúde (DGS). A directora-geral da Saúde revelou também que o número de infectados aumentou para 43 casos.

A mais recente vítima mortal foi uma mulher, 68 anos, que estava internada no São Francisco Xavier.

Na conferência de impremsa desta sexta-feira de manhã, Graça Freitas mostrou-se optimista quanto ao evoluir da situação."O surto poderá ser dado como controlado dentro de poucos dias", disse.

Desde 31 de Outubro, o surto de legionella detectado no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, já provocou três mortos. O Ministério Público já abriu uma investigação.

Na terça-feira, as autoridades de saúde indicaram que o surto de legionella tinham entrado em fase descendente, mas o número de casos continua a subir.

O surto que surgiu no Hospital São Francisco Xavier permitiu detectar a existência de um vazio legal, levando o ministro do Ambiente a preparar legislação para definir o limite de biocidas nos edifícios, tornar obrigatórias auditorias que garantam a qualidade do ar interior e criar um regime sancionatório para quem não cumprir a lei.

O primeiro caso de diagnóstico da doença dos legionários foi confirmado a 31 de Outubro. Desde então, o número tem vindo a subir.

A legionella é uma bactéria que causa uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.

O período de incubação é de cinco a seis dias depois da infecção, podendo ir até 10 dias.

Pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infecção tem tratamento efectivo.

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