07 nov, 2017 - 18:45
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse, esta terça-feira, que tudo indica que o surto de legionella detectado no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, entrou "em curva descendente".
O caso está a evoluir de forma positiva, disse ainda o ministro, destacando que os portugueses não têm qualquer razão para perder a sua confiança nos Sistema Nacional de Saúde e nos seus profissionais.
Numa conferência de imprensa dada com a directora-geral de saúde, Graça Freitas, a seu lado, Campos Fernandes lamentou o aproveitamento político que, do seu ponto de vista, está a ser feito deste caso: “Não pode valer tudo. Atribuir isto a uma falta de investimento no hospital não é um argumento sério.”
O ministro sublinhou que o sistema de águas foi recentemente substituído no São Francisco de Xavier e que a manutenção externa estava válida e devidamente acautelada. “É preciso seriedade nos argumentos e não comentar tudo a todo o tempo, só para ter um momento de atenção mediática”, sentenciou.
“O que aconteceu foi seguramente uma falha técnica”, rematou Campos Fernandes, que considerando importante a investigação do Ministério Público para que se apurem responsabilidades.
Um só caso esta terça-feira
De acordo com a directora-geral de saúde, Graça Freitas, o surto de legionella no S. Francisco de Xavier está a caminhar para o fim, tendo sido confirmado, esta terça-feira, apenas mais um caso de um doente, havendo ainda outro caso suspeito.
Graça Freitas explicou que os primeiros casos foram conhecidos no dia 3 de Novembro, tendo sido recolhidas amostras para análise, e que, logo no dia 4, foram aplicados aos locais que poderiam ser foco da doença choques térmicos e choques químicos, tendo sido os mesmos encerrados.
No dia 5, foram recolhidas novas análises e os resultados já vieram negativos ou fracamente positivos, “o que indicia que houve um efeito positivo das medidas tomadas”.
“Se não houver nenhuma emissão extraordinária de aerossóis com legionellas”, disse Graça Freitas, “o surto vai extinguir-se”.
Actualmente a principal fonte de preocupação são os cinco doentes que se encontram nos cuidados intensivos, mas todos estão estáveis.