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A Escola Secundária Carlos Amarante, em Braga, recusou receber um grupo de seis alunos autistas por alegada falta de espaço físico para acolher uma unidade de ensino estruturado. A escola foi alvo de uma intervenção recente no âmbito da Parque Escolar, que custou 17,2 milhões de euros.

O agrupamento já tem outras quatro unidades de autismo, noutras escolas, mas só até ao 9.º ano de escolaridade. Para os jovens autistas com idades entre os 16 e 18 anos, o ensino na Carlos Amarante terá, supostamente, que terminar no 9.º ano, onde são retidos.

"Disseram-nos que não têm condições de abrir uma unidade de ensino estruturado, naquela escola que já é o agrupamento de referência onde estão as outras unidades de ensino estruturado", conta à Renascença Ana Paula Leite, uma das encarregadas de educação a ouvir a recusa.

"Não aceitam abrir outra unidade, onde queremos colocar jovens com 18 anos", precisa, lamentando que, continuando na Carlos Amarante, os alunos "ficarão sempre retidos, quando devem ter o mesmo direito que qualquer outra pessoa e transitar para o 10.º, 11.º e 12.º".

Fonte oficial do Ministério da Educação garantiu à Renascença que os alunos serão reintegrados nesta escola no arranque do próximo ano lectivo.

Obras da Parque Escolar

A Escola Secundária Carlos Amarante, aberta em 1884, foi alvo de uma intervenção pela Parque Escolar, que dotou o equipamento de dois novos edifícios: um onde se localiza a nova entrada (onde funcionam a zona administrativa, salas TIC e laboratórios de ciências) e outro edifício onde funcionam os espaços sociais dos alunos como o refeitório, bar e loja escolar.

“Os edifícios existentes foram remodelados, garantido a satisfação das actuais exigências de conforto, segurança e acessibilidade”, refere o site da Parque Escolar .

O investimento da Parque Escolar neste estabelecimento atingiu os 17,2 milhões de euros.

[Notícia actualizada às 16h46]