O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou, este sábado, ter discutido com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, a visita deste estadista à China, cujos comentários recentes mereceram críticas na Europa e nos Estados Unidos.

"Tive uma conversa de quase uma hora e meia com o presidente francês, Emmanuel Macron (...) Os resultados da recente visita do presidente Macron à China foram discutidos", disse Zelensky no Telegram, sem detalhar.

Macron causou protestos após a sua visita de Estado à China, quando disse que a Europa não deveria alinhar automaticamente com os Estados Unidos ou Pequim no caso de um conflito em Taiwan.

Nessa altura, declarou que ser um "aliado" dos Estados Unidos não significava necessariamente ser um "vassalo".

A visita à China foi dominada por discussões sobre a guerra na Ucrânia, após a deslocação do líder chinês, Xi Jinping, à Rússia, onde Pequim e Moscovo acertaram o aprofundamento das relações.

Zelensky disse também que expressou a sua gratidão a Macron por "condenar a terrível execução desumana de um soldado ucraniano por criminosos de guerra russos".

Essa suposta execução foi revelada num vídeo que se tornou viral e mostra um indivíduo russófono fardado decapitando com uma faca uma pessoa que parecia ser um prisioneiro de guerra ucraniano, imagens que causaram choque e indignação na Ucrânia e no ocidente.

As autoridades russas disseram na quinta-feira que estão a examinar as imagens para determinar a sua autenticidade.