O Partido Republicano permanece incapaz de eleger Kevin McCarthy, o líder do partido na Câmara dos Representantes, para o cargo de presidente da câmara baixa do Congresso norte-americano.

Depois de duas rondas de votos, McCarthy não conseguiu ser eleito por uma maioria simples de 218 votos, como ditam as regras, devido a 19 votos de republicanos ultraconservadores noutros candidatos.

Na primeira ronda de votação, 203 dos representantes do partido votaram em McCarthy, enquanto os 19 políticos de extrema-direita votaram noutras opções como Andy Biggs, do Arizona, Jim Banks, do Indiana, e Jim Jordan, de Ohio.

Na segunda ronda de votação, McCarthy perdeu a nomeação pelas mesmas margens, com os 19 Republicanos rebeldes a votar unanimemente em Jim Jordan.

Já os democratas, enquanto minoria na câmara baixa do Congresso, votaram esmagadoramente no seu líder Hakeem Jeffries, de Nova Iorque.

As regras da Câmara dos Representantes exigem que as votações para eleger o novo presidente continuem até que um nome obtenha uma maioria simples, o que está a provocar um impasse sem resolução à vista. De acordo com a norma, a Câmara dos Representantes não pode ter qualquer outro tipo de atividade e discussão até que esta eleição se complete.

É a primeira vez, em 100 anos, que a Câmara dos Representantes tem de ir a múltiplas rondas de votação para eleger o seu "speaker".

Os republicanos têm uma maioria na câmara baixa de 222 representantes, face aos 212 democratas, depois das intercalares de novembro. As margens curtas implicam que seis republicanos que quebrem a linha de voto são o suficiente para travar uma nomeação. Os democratas são incapazes de eleger um presidente sem contar com votos do partido contrário.