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Mais da metade da população europeia deve ser infetada pela variante Ómicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas. A estimativa foi avançada esta terça-feira pelo o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente.

A Europa registou mais de sete milhões de novos casos de Covid-19 na primeira semana de 2022, mais do dobro do registado em duas semanas, disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em declarações aos jornalistas, numa conferência de imprensa.

"A este ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde prevê que mais de 50% da população da região será infetada com a Ómicron nas próximas seis a oito semanas", disse Kluge.

Este responsável da OMS alerta ainda para um tal número de infetados que "em muitos países as escolas podem não ter capacidade de manter todas as turmas em funcionamento a tempo inteiro, dada a falta de pessoal".

O responsável da OMS sublinhou que a Ómicron propaga-se mais rapidamente do que qualquer outra variante e deixou um apelo aos países para que imponham a utilização de máscaras em ambientes fechados e que assegurem que os indivíduos vulneráveis têm acesso a esse equipamento de proteção.

O diretor europeu da OMS deixou ainda renovado um apelo à vacinação, lembrando que, na Dinamarca, onde os casos da Ómicron explodiram nas últimas semanas, os internamentos de pacientes não vacinados foram seis vezes superiores aos internamentos de vacinados, na semana a seguir ao Natal.

Para o responsável, que assinalou o contágio “sem precedente”, a vaga atual “desafia os sistemas de saúde e a prestação de serviços em vários países onde a Ómicron se propagou rapidamente”.

Para a OMS, ainda não é possível classificar a covid-19 como uma endemia, como a gripe.

“Temos um vírus que evolui muito rapidamente e que coloca desafios novos. Não estamos em condições de o poder classificar como endémico”, afirmou a responsável europeia pelas emergências sanitárias, Catherine Smallwood.

Hans Kluge considerou que o objetivo de 2022 é, antes de mais, estabilizar a pandemia, reconhecendo que “o vírus já surpreendeu mais do que uma vez”.

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