Já morreram mais manatins este ano do que em qualquer outro de que há registo. A Comissão de Conservação de Peixe e Vida Selvagem da Flórida afirma, num relatório, que, entre 1 de janeiro e 2 de julho de 2021, morreram 841 animais desta espécie.

A comissão aponta a poluição como um dos fatores decisivos para a morte destes mamíferos.

Devido à contaminação das águas da Lagoa do Rio Índio, grandes porções de erva marinha morrem, defendem biólogos norte-americanos.

Sem ervas marinhas para consumir, os manatins morrem à fome, quando tentam efetuar a sua migração sazonal.

"A maioria das mortes aconteceram durante os meses mais frios do ano, quando os manatins migram através da Lagoa do Rio Índio", explica a Comissão de Conservação de Peixe e Vida Selvagem da Flórida, no relatório.

Acidentes de barco provocados pela colisão contra animais desta espécie são outro fator relevante, tendo provocado, pelo menos, 63 mortes de manatins, em 2021, estima a comissão norte-americana.

O manatim já foi considerado uma espécie em risco de extinção, mas perdeu esse estatuto, em 2017. Vários ambientalistas estão a pedir que a espécie volte a receber esta classificação.

O governo federal norte-americano estima que cerca de 6.300 manatins habitam as águas do estado da Flórida.

As quatro espécies de manatins que são conhecidas habitam os mares dos continentes americanos e africanos.