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Um homem de nacionalidade síria, com 43 anos, acusado de ter financiado o regresso à Europa de membros do autoproclamado Estado Islâmico, foi detido em Madrid, anunciaram as autoridades espanholas esta sexta-feira.

O homem, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades espanholas para já, é suspeito de fazer parte da estrutura financeira do grupo extremista islâmico.

Em comunicado, a polícia espanhola acrescenta que o sírio é ainda suspeito de ter angariado dinheiro em solo europeu que chegava aos jihadistas através de um sistema de transferência informal denominado “hawala” – que utiliza corretores sediados em diferentes países, tornando difícil rastrear o movimento transfronteiriço de dinheiro.

A polícia refere igualmente que a investigação determinou que os combatentes montaram uma estrutura na Síria para dar apoio financeiro a combatentes estrangeiros que desejassem regressar à Europa.

"Esta operação faz parte da luta contra a nova estratégia [do Estado Islâmico] que, após a perda do controlo territorial, instou os seus membros a regressarem aos seus países de origem", lê-se no comunicado.

O suspeito agora detido usou "uma série de medidas de segurança para esconder a sua identidade e comunicações em plataformas digitais".

Hoje, calcula-se que quase seis mil europeus integrem as fileiras do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Ao longo dos anos, mais de 41 mil pessoas (cerca de um quarto delas mulheres e crianças), oriundas de dezenas de países em todo o mundo, terão partido para um dos dois países para se juntarem ao grupo extremista.

Acredita-se também que a grande maioria dos militantes jihadistas tenha sido morta ou capturada. Segundo as agências secretas de diversos países europeus, pelo menos 7 mil terão regressado aos seus países de origem, precisamente financiados por esquemas como este que Espanha acaba de desmantelar.