O ataque

Passavam poucos minutos das 20h00 de terça-feira, quando um homem armado começou a disparar indiscriminadamente junto ao mercado de Natal no centro de Estrasburgo, em França.

Segundo o procurador de Paris, Rémy Heitz, algumas testemunhas relataram que o atirador terá gritado “Allahu Akbar”.

Seguiu-se uma troca de tiros com a polícia, que terá ferido o atacante. O suspeito conseguiu escapar num táxi roubado.

O autarca de Estrasburgo diz que foi "indiscutivelmente um ataque terrorista".

As vítimas

Apesar do balanço inicial das autoridades francesas apontar para quatro mortos, o número foi corrigido para três vítimas mortais, sem nenhuma explicação. Outras 13 pessoas ficaram feridas.

Uma das vítimas mortais já foi identificada. É um turista tailandês, de 45 anos. Morreu vítima de um disparo na cabeça quando caminhava com a sua esposa pelo Mercado de Natal. A mulher ficou ferida.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, afirmou não ter até ao momento informação de qualquer vítima portuguesa do ataque.

O suspeito

Nascido em Estrasburgo, filho de um casal marroquino, Chérif Chekatt tem desde 2016 o seu nome da “Fiche S”, uma lista negra de pessoas perigosas que podem representar uma ameaça à segurança nacional.

Chérif Chekatt já foi condenado 27 vezes na França, Alemanha e Suíça por crimes de delito comum e cumpriu pena de prisão. Terá sido na prisão que se radicalizou.

Horas antes do ataque mortal no centro da cidade que também acolhe o Parlamento Europeu, a casa de Chérif Chekatt foi alvo de buscas, mas ele não estava lá.

Caça ao homem

Mais de 400 polícias e militares procuram Chérif Chekatt. O secretário de Estado do Interior admitiu que não é certo que Chérif ainda esteja em solo francês. A segurança nas fronteiras, em especial com a Alemanha, foi reforçada.

Em Estrasburgo, foi montada uma operação policial na cidade, incluindo a zona junto à Catedral. Algumas das ruas do centro estão fechadas.

De acordo com o Le Figaro, dois irmãos do suspeito foram detidos. Um deles também constará da “Fiche S”, um ficheiro do qual constam dez mil indivíduos que aderiram ao Islão radical e têm ligações extremistas. O procurador de Paris, Rémy Heitz, confirmou que quatro familiares de Chérif estão sob custódia.