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Três dos seis detidos por suspeitas de envolvimento no ataque terrorista de março em Carcassonne e Trèbes, no Sul de França, ficaram presos, anunciou este sábado fonte judicial. O atentado provocou quatro mortos e 15 feridos, um dos quais português.

Os outros três elementos do grupo, todos detidos na terça-feira por proximidade com o autor do ataque, saíram em liberdade e não serão acusados neste processo, adianta a agência de notícias francesa France-Presse (AFP), citando a mesma fonte.

Segundo um documento judicial avançado pela AFP, os três homens que ficaram em prisão preventiva estão indiciados por “conspiração criminosa de terroristas” e, um deles, também por “posse de armas” com fins terroristas.

A operação que levou à detenção dos seis suspeitos, na terça-feira, foi ordenada por juízes de instrução responsáveis pelo processo e aconteceu quase sete meses após os ataques de 23 de março, reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Os ataques terroristas ocorreram em Carcassonne e Trèbes. Além das quatro vítimas mortais, também o autor do ataque - Radouane Lakdim, de 25 anos - acabou por morrer abatido pela polícia. Outras 15 pessoas ficaram feridas, incluindo o cidadão português Renato Silva, de 26 anos, que foi baleado na cabeça e esteve mais de um mês hospitalizado.

Horas depois do atentado, a polícia deteve a noiva de Radouane Lakdim e um menor da família.

Lakdim tinha dupla nacionalidade marroquina e francesa e antecedentes por delitos comuns, tendo cumprido pena de prisão em 2016. Estava sinalizado por risco de radicalização e era vigiado pelos serviços secretos franceses pelas ligações ao grupo extremista.

Lakdim começou o seu ataque durante a manhã em Carcassonne, onde matou uma pessoa e feriu várias, tendo depois seguido para Trèbes, onde fez mais três mortes, incluindo a de um polícia que se ofereceu para trocar de lugar com um dos reféns, e onde acabaria por ser abatido pela polícia.