A estação televisiva CNN avança esta segunda-feira que as autoridades da Arábia Saudita estão a elaborar um relatório em que admitem que a morte do jornalista Jamal Khashoggi foi o resultado de um "interrogatório que correu mal".

A estação televisiva norte-americana diz, citando duas fontes, que o relatório indicará que a operação foi conduzida sem qualquer autorização superior ou "transparência".

Uma das fontes alerta, no entanto, que o conteúdo do relatório pode vir a ser alterado.

Khashoggi está desaparecido desde 2 de outubro, dia em que entrou no consulado saudita em Istambul, na Turquia, e nunca mais foi visto. Fontes policiais citadas pela imprensa turca afirmaram que o jornalista foi morto no consulado, o que é negado pelas autoridades sauditas.

O jornalista fugiu da Arábia Saudita em 2017 por achar que seria um dos nomes que o regime se preparava para silenciar pelas críticas feitas ao príncipe herdeiro.

O desaparecimento do jornalista já motivou várias reações internacionais. Presidente turco, Tayyip Erdogan, exigiu à Arábia Saudita que prove que o jornalista saiu efetivamente do consulado de Istambul. Este domingo, Reino Unido, França e Alemanha exigiram uma investigação ao desaparecimento de jornalista.

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita já tinha garantido que o país está disponível para colaborar na investigação ao desaparecimento.