O terceiro filho de Kate e de William, duques de Cambridge, nasceu esta segunda-feira em Londres. Horas mais tarde já circulavam imagens de Kate, aparentemente bem, a sair pelo seu próprio pé do hospital para ir para casa.

Para a realidade portuguesa, em que a prática normal é as mães ficarem pelo menos 48 horas internadas depois do parto, causa bastante estranheza esta prática, mas é uma questão cultural, garante a médica obstetra Teresa Avillez.

“Não é só em Inglaterra que acontece. Há outros países em que isso pode acontecer e em Portugal também há obstetras que, conforme as possibilidades da própria mãe e do seu sistema de apoio, podem trabalhar com enfermeiras dispostas a ir a casa e fazer a vigilância correspondente às 48 horas”, explica.

“Em Inglaterra há uma tradição antiga desses apoios e o sistema de saúde deles funciona com esse apoio”, diz esta médica, ex-chefe de Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Mas não haverá riscos para mãe e filho sair do hospital tão depressa? “Temos de pesar os riscos da mãe e do bebé e depois sabermos qual a capacidade de resposta que tem o Sistema Nacional de Saúde, ou o sistema privado de saúde, conforme a decisão da família, para apoiar essa mãe e esse bebé e dar uma resposta rápida se houver alguma coisa.”

No caso de Kate, considera Teresa Avillez, não existem grandes dúvidas de que as condições de segurança estavam reunidas. “A Kate não tem problema nenhum. Não acredito que neste momento ela não tenha em casa todos os apoios e toda a capacidade de resposta de emergência para isso.”

Teresa Avillez, que para além de médica teve quatro filhos, diz mesmo que compreende a futura rainha. “Realmente, é um terceiro filho, correu tudo bem, parece que está ótima. Na situação dela acho que faz ela muito bem”, conclui, entre risos.