O Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou esta terça-feira a intenção de transferir a embaixada em Israel para Jerusalém.

A notícia foi confirmada pelo gabinete do Rei Abdullah, da Jordânia, após uma teleconferência entre o monarca e Donald Trump, e por fontes palestinianas.

O Rei Abdullah disse a Trump que a decisão terá “repercussões perigosas na segurança e estabilidade” do Médio Oriente e será mais um foco de tensão entre muçulmanos, judeus e cristãos.

“Jerusalém é uma das chaves para alcançar a paz e a estabilidade na região e no mundo”, refere uma nota do palácio real da Jordânia.

A transferência da embaixada de Telavive para Jerusalém será mais um obstáculo ao reinício das conversações entre palestinianos e israelitas, adverte o monarca.

O Presidente Trump também telefonou ao Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, a comunicar a intenção de transferir a embaixada.

Abbas “alertou para as consequências perigosas que a decisão terá para o processo de paz e para a paz, segurança e estabilidade da região e do mundo”.

A intenção de Trump representa uma mudança de posição dos Estados Unidos, que nas últimas décadas têm defendido que o estatuto da cidade de Jerusalém deve ser decidido em negociações com os palestinianos.

A comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel sobre toda a cidade de Jerusalém.

Fontes oficiais norte-americanas citadas pela agência Reuters adiantam que Trump deverá reconhecer, na quarta-feira, Jerusalém como capital de Israel.

O Presidente norte-americano tem planos para que a mudança de embaixada ocorra dentro de seis meses.

De acordo com as mesmas fontes, ainda não há uma decisão final.