O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, pediu esta sexta-feira ao Senado autorização para destituir o presidente regional catalão Carles Puigdemont e todo o seu governo, para travar o seu projecto independentista.

Rajoy pediu para "proceder à cessação do presidente da Generalitat da Catalunha, do vice-presidente e dos conselheiros" do Executivo regional, disse Rajoy, sob os aplausos dos senadores, na maioria membros do seu partido (Partido Popular).

Rajoy também pediu autorização para dissolver o Parlamento catalão, com o objectivo de convocar eleições regionais num prazo máximo de seis meses.

O líder conservador discursou perante a câmara alta do congresso no dia em que o Senado decide se activa o artigo que permitirá ao Governo de Madrid assumir o controlo dos poderes autónomos da Catalunha para impedir a declaração de independência da região.

Independentistas pedem independência

Na Catalunha, os partidos separatistas da Catalunha apresentaram esta sexta-feira uma moção para votação no parlamento regional (Parlament) em que propõem estabelecer “uma República catalã como Estado independente”.

“Constituímos a República catalã como Estado independente soberano, democrático e social”, afirma a moção, apresentada pela coligação de partidos independentistas Junts pel Si (JxSí, Juntos pelo Sim) e pela Esquerda Republicana da Catalunha (CUP, extrema-esquerda separatista).

Os deputados do JxSí e da CUP têm uma maioria que, em teoria, lhes permite aprovar a moção.

Se for aprovada pela mesa do parlamento regional, a moção deverá ser votada ainda esta sexta-feira.

Toda a oposição catalã está contra a declaração de independência e ameaçou boicotar a votação.

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