É feriado em Espanha. O país assinala esta quinta-feira o Dia da Hispanidade, que sublinha os valores da unidade do país. O dia costuma ser festa e este ano é vivido com especial expectativa, dado que o Estado central mantém congelada a suspensão da autonomia catalã.

Em Barcelona, a Praça da Catalunha enche-se de gente pela união do país. “155 já” é uma das palavras de ordem que se ouve, numa referência ao artigo da Constituição que Rajoy poderá invocar para suspender a autonomia da Catalunha.

Também se ouvem vivas ao rei, vivas a Espanha e pede-se prisão para Puigdemont, constata a Renascença no local.

Cada vez chega mais gente à praça, muitos com bandeiras de Espanha. Muitas pessoas dizem à Renascença que não é habitual virem para a rua manifestar-se, mas hoje decidiram juntar-se a esta manifestação.

Em Madrid, e por outras cidades espanholas, também se vê bandeiras de Espanha penduradas e mensagens pela unidade do país.

Para já, aguarda-se que o presidente da região da Catalunha (Generalitat) explique se declarou ou não a separação de Espanha.Carles Puigdemont tem até segunda-feira para responder ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.


A região mais rica de Espanha quer separar-se do resto do país e tornar-se independente. No referendo de dia 1 de Outubro – declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol – participaram 2,2 milhões de pessoas, que deram 90% dos votos à independência da Catalunha, de acordo com o governo regional.

As tensões entre Barcelona e Madrid cresceram desde 2016 e mergulharam o país na mais grave crise política desde o regresso da democracia, em 1977, e a tentativa de golpe de Estado, em 1981.

As repercussões da crise política chegaram à economia. Desde 2008, a Catalunha já perdeu mais de 2.500 empresas e vários bancos decidiram retirar a sua sede da região.

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