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As sondagens variam bastante sobre os resultados das eleições britânicas de quinta-feira, mas há consenso sobre a vitória do Partido Conservador, pelo que Theresa May deve manter-se como primeira-ministra do Reino Unido.

Cinco grandes desafios

Theresa May aponta no seu manifesto cinco grandes desafios para o Reino Unido nos próximos anos. Estes são:

  • manter o crescimento económico;
  • garantir um Brexit ordenado sem ser à custa da divisão do Reino Unido;
  • a construção de uma “grande meritocracia”;
  • lidar com uma sociedade em envelhecimento, com justiça para os mais novos;
  • aproveitar a potência das inovações tecnológicas conjugando os direitos à segurança e à privacidade.

Brexit

No manifesto dos conservadores lê-se que mais vale não ter acordo do que ter um mau acordo. Theresa May pretende sair do mercado único e da união aduaneira, mas manter uma relação forte com a União Europeia, negociando novos acordos nesta área. Idealmente, para May, este acordo controlaria a imigração da União, mas garantiria os direitos de cidadãos europeus já residentes no Reino Unido e de britânicos na Europa. Por fim, em termos jurídicos, o direito europeu já existente seria convertido em lei britânica, com excepção da carta dos direitos fundamentais da União Europeia.

Impostos

Os conservadores prometem continuar a ser o partido que mantém os impostos o mais baixos possível e no manifesto dizem que querem reduzir os impostos para empresas e para famílias trabalhadoras.

Imigração

O partido de Theresa May pretende reduzir a imigração de 273 mil entradas por ano para 100 mil por ano, limitando mais duramente a imigração não-europeia.

Saúde

May promete aumentar a despesa com o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) em oito mil milhões de libras (9,2 mil milhões de euros) ao longo de cinco anos. Os cerca de 140 mil funcionários do NHS oriundos de países da União Europeia terão os seus lugares assegurados, mas prevê-se um aumento de vagas em Medicina para estudantes britânicos.

Educação

O manifesto conservador promete quatro mil milhões de libras (4,6 mil milhões de euros) de financiamento extra para escolas e diz que será feito um esforço para redireccionar subsídios, ajudando as famílias mais pobres.