A vontade de Luís Filipe Vieira de contratar Gelson Martins e Bruno Fernandes, jogadores que rescindiram unilateralmente com o Sporting, tem total apoio de Gaspar Ramos, antigo dirigente do Benfica.

Em declarações a Bola Branca, o ex-responsável pelo futebol dos encarnados assegura que "há legitimidade" por parte das águias, recordando processos passados, como os de Paulo Sousa, Pacheco, João Vieira Pinto e da recente aliança entre os leões e o FC Porto.

"Há toda a legitimidade por parte do Benfica e de Luís Filipe Vieira, como presidente, de tomar uma atitude idêntica. Que não é bem idêntica, porque os jogadores foram pressionados para sair e fazerem a rescisão. Agora, não. O Benfica só depois das decisões dos jogadores é que poderá avançar para uma decisão destas e, se avançar, acho que tem toda a legitimidade. O Benfica foi altamente prejudicado, como foi mais tarde com o João Pinto e ultimamente com o vexame a que estivemos sujeitos quando o Sporting se alia ao Porto para este ataque cerrado ao Benfica".

Qualidade, valorização e o passado a proteger os jogadores

Gaspar Ramos veria com agrado a contratação de "jogadores de muita qualidade", como Gelson Martins e Bruno Fernandes. Quanto a Rui Patrício, parece-lhe "uma situação já decidida", pelo que "não é opção".

O ex-dirigente considera que a chegada à Luz dos ex-sportinguistas Gelson e Bruno seria bom para todas as partes, uma vez que "o Benfica teria todas as condições para se poder valorizar com esses dois jogadores" e, ao mesmo tempo, dar expressão europeia a ambos.

Sobre as repercussões inerentes a uma mudança para o emblema rival, Gaspar Ramos lembra o passado: "Não foi problema para o João Pinto e para o Sousa". Também Carrillo passou incólume, no trajeto que fez da Luz para Alvalade. "Hoje é uma situação perfeitamente normal", realça.