A Polícia Judiciária (PJ) terá travado a contratação de um sobrinho de José Silva, técnico informático do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça e arguido no processo "e-toupeira", em que o principal indiciado é o assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, por suspeitas de crimes de corrupção ativa e violação de segredo de justiça, avança, esta terça-feira, o "Jornal de Notícias".

Segundo a referida publicação, Paulo Gonçalves "foi apanhado na posse do currículo do familiar do funcionário público [José Silva], que estaria encaminhado para o Museu Cosme Damião". A contratação de Fernando Nuno, sobrinho de José Silva, seria uma das contrapartidas pela "pela pesquisa e cedência de preciosas informações sobre processos-crime em segredo de justiça que implicavam o Benfica, mas também os rivais FC Porto e Sporting".

O "JN" revela que o despacho do Ministério Público refere que Fernando Nuno conversou com Paulo Gonçalves, por altura do Benfica-Chaves, de 20 de janeiro, quando levou o currículo ao assessor jurídico. José Silva encontra-se em prisão preventiva. Gonçalves está em liberdade.