19 jun, 2017 - 01:10
A ministra Constança Urbano de Sousa, em mais um briefing em Pedrógão Grande, diz que “não é a altura para pensar” nas ilações políticas a retirar do trágico incêndio.
“Quando estamos num momento de acção não é um momento de demissão. Este é um momento de acção”, disse a ministra respondendo a uma pergunta sobre eventual saída do Governo.
Constança Urbano de Sousa admite “depois pensar no assunto”, mas neste momento a sua única preocupação é “tentar debelar esta situação extremamente difícil que temos pela frente”.
Questionada sobre a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público, apesar de a Polícia Judiciária ter afastado a tese de mão criminosa, Constança Urbano de Sousa lembrou que o Ministério Público é uma autoridade “independente” e que a Polícia Judiciária é “apenas um órgão de investigação”. Caso se confirme que o incêndio foi provocado por trovoadas secas, o Ministério Público procederá ao arquivamento do processo.
O comandante da Protecção Civil confirma que as condições de combate às chamas em Pedrógão Grande são “muito difíceis” e com “situações de risco”. Este é “um grande incêndio com muitos focos, dezenas de linhas de fogo”, acrescenta Elísio Oliveira.
Este operacional considera que a situação continua “muito complicada, muito difícil, muito preocupante”, mas que, apesar disso, estão a tentar que os bombeiros “consigam descansar”.
O incêndio de Pedrógão Grande fez, pelo menos, 62 mortos e 62 feridos, alguns em estado grave.