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Marcelo: "São milhões de portugueses ao longo de quase 80 anos a agradecer à Renascença”

13 mai, 2016 - 18:22 • Filipe d'Avillez

O Grupo Renascença Multimédia inaugurou novas instalações em Lisboa. O Presidente da República, o patriarca de Lisboa, o primeiro-ministro, os líderes do PSD e do CDS foram algumas das personalidades que marcaram presença.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma que “milhões de portugueses” agradecem à Renascença, que inaugurou esta sexta-feira as suas novas instalações, em Lisboa.

“São instalações excepcionais. Está de parabéns a equipa por este salto e está de parabéns Portugal, porque Portugal deve imensíssimo à Rádio Renascença. São milhões de portugueses ao longo de quase 80 anos a agradecer à Rádio Renascença”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final da cerimónia.

O Presidente da República diz que, na conjuntura actual, a rádio foi quem melhor soube adaptar-se à realidade.

“A rádio foi, de todos os meios de comunicação social, o mais flexível e versátil que eu conheci, com uma capacidade de adaptação notável, superior à televisão e superior à imprensa escrita, e tem um papel fundamental, numa rádio como esta, com grande prestígio na informação, na formação, no debate de ideias, no pluralismo, no fundo, no enriquecimento da democracia portuguesa”.

Um grupo de comunicação que se define como católico, mas também como português. Foi assim que D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, definiu a Renascença durante o seu discurso na inauguração das novas instalações da empresa.

Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Ferro Rodrigues, Pedro Passos Coelho, Assunção Cristas, representantes das altas esferas militares e um batalhão de jornalistas que puseram os da Renascença quase em minoria na sua própria casa, todos quiseram marcar presença num dia marcante para o Grupo Renascença Multimédia.

A surpresa principal estava reservada para o discurso inaugural do cónego João Aguiar, presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia, que anunciou que o próprio Papa Francisco não quis faltar a este evento, enviando uma mensagem e uma bênção especial para a ocasião, sublinhando a importância dos seus funcionários que “foram de algum modo instrumentos da providência”, num serviço “à causa do Homem, com a estatura a que o eleva o Evangelho de Jesus”.

Francisco sublinhou ainda o facto de a Renascença estar agora a assinalar os seus 80 anos de existência, pelo que não deixa, todavia, de ser “jovem e esperançosa”, segundo o Papa.

No seu discurso, o cónego João Aguiar dirigiu-se directamente aos funcionários, que classificou como “melhor capital” da instituição. Ao público em geral sublinhou: “Não nos motivam (mesmo) nem o poder nem o domínio, mas serviremos apenas se nunca formos servis."

D. Manuel Clemente, na sua intervenção, falou do contexto histórico em que foi criada a Renascença, há oito décadas, pelo monsenhor Lopes da Cruz, no contexto da Acção Católica, “organizada quatro anos antes para encaminhar e unir a acção da Igreja militante” e da qual era promotor o Cardeal Cerejeira.

O patriarca realçou a importância da Renascença numa sociedade pautada por uma “laicidade sã e preenchida” e convidou os colaboradores do grupo a “anunciar a verdade com amor”, como recomenda o Papa Francisco na mensagem deste ano para o dia das comunicações sociais.

Por fim, tomou a palavra o Presidente da República, que voltou a recordar não só os seus tempos de colaborador da Renascença, mas também o facto de ser ouvinte há décadas, tendo acompanhado, por exemplo, as notícias da morte de Paulo VI e da eleição de João XXIII na Emissora Católica Portuguesa.

Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de evocar os nomes de figuras católicas que, a partir das suas diversas posições, contribuíram para a sociedade e para a política, incluindo Adelino Amaro da Costa, Francisco Lucas Pires, Sá Carneiro, Maria José Nogueira Pinto e Maria de Lourdes Pintassilgo.

Às cerimónias de inauguração, neste dia 13 de Maio, seguiu-se um “cocktail” em ambiente mais descontraído e festivo, mas ficam a ressoar pelos corredores do novo edifício da Renascença, na Quinta do Bom Pastor, em Benfica, as palavras com que o presidente do Conselho de Gerência terminou a sua intervenção: “É a partir daqui que a memória nos convoca para o futuro. Que não nos falte coragem, que Deus nos ajude!”

Comentários
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  • Ana Paula Massano
    13 mai, 2016 Queluz 19:23
    Parabéns à Renascença e a toda a sua equipa.
  • Manel das Coves
    13 mai, 2016 Alverca 19:21
    O Sr Patriarca saio do coma, teve 4 anos sem dizer nada , com os nossos reformados a serem roubados, e os mais pobres a passarem fome ! mas agora por causa das escolas privadas veio tomar uma posição muito duvidosa , em alguns casos escandalosa , apenas para defender os lóbis. !!!
  • Beato Nuno
    13 mai, 2016 Fátima 18:55
    É, neste País estamos entregues aos padres, bispos, Papas...e beatos (que são mais que muitos, até o Marcelo)!

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