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Homilia das celebrações de Fátima

Patriarca. Só por "distracção ou preconceito" não se percebe importância de Fátima

13 mai, 2016 - 12:14 • Aura Miguel , Filipe d'Avillez

Numa altura em que tem surgido alguma tensão entre o Governo e os bispos, por causa dos contratos de associação no ensino, o patriarca deixou alguns recados para o poder político.

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Patriarca. Só por "distracção ou preconceito" não se percebe importância de Fátima

Portugal é um país plural, mas o país não se entende sem a devoção e a influência de Nossa Senhora, disse esta sexta-feira o patriarca D. Manuel Clemente, na homilia das celebrações de Fátima. "Só por grande distracção ou preconceito não se notará o que aqui sucede há um século quase, neste chão bendito da Cova da Iria", afirmou.

O patriarca diz que não se pode esquecer que “em muitas nações, o legado maternal de Maria tem outras referências, próprias e marcantes também. Mas, estando nós em tempo de grandes indefinições culturais, lembro tão-somente que Portugal nunca se entendeu sem Santa Maria, cuja ‘terra’ é."

Numa altura em que tem surgido alguma tensão entre o Governo e os bispos, por causa dos contratos de associação no ensino, o patriarca deixou alguns recados para o poder político.

“Sendo as famílias e o catolicismo realidades fundantes do que somos hoje, ainda que sejamos diversos, hão de ser tidos em conta por organizações posteriores, como o Estado ou as instâncias internacionais, quando legislam ou administram o que a todos respeita", afirma.

“As entidades políticas servem o bem comum, que é o bem de todos segundo as legítimas escolhas de cada um. Porque solidariedade sem subsidiariedade, não o é de facto. É neste ponto que culto, cultura e sociedade se devem harmonizar, mesmo e sobretudo em sociedades plurais e democráticas, como quer ser a nossa”, afirmou.

D. Manuel não esqueceu a questão dos refugiados, apelando aos peregrinos presentes em Fátima para rezarem por eles e outras vítimas. "Mistérios de Cristo, que Maria ensina, a favor de todos e das variadas situações de vida e dos povos - como aqui rezamos por sãos e enfermos, sós ou sem trabalho, vítimas e refugiados, neste Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima", disse.

As celebrações deste dia 13 de Maio em Fátima assinalam o início do ano centenário das aparições de 1917, cujo ponto alto, se espera ser a visita do Papa Francisco em Maio do próximo ano.

Como parte das celebrações, os bispos reunidos esta sexta-feira em Fátima renovam a consagração das dioceses portuguesas ao Imaculado Coração de Maria, tal como tinha sido feito há 85 anos. Esta consagração assinalou o regresso a Fátima da Imagem da Virgem peregrina que percorreu durante um ano as dioceses de todo o país.

Comentários
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  • Frei Tomás
    13 mai, 2016 Ourém 19:04
    É verdade, sem dúvida o local onde se faz (de longe) a maior feira em Portugal No tempo de Jesus Cristo o mesmo (consta-se) que expulsou os vendilhões do templo, e agora em nome do dinheiro, lucro, vale tudo?
  • fanã
    13 mai, 2016 aveiro 18:29
    Coisa certa, é !............uma tremenda negociata , gerando enormes receitas a custa de simplórios !
  • Fernando de Almeida
    13 mai, 2016 Porto 16:33
    Eu direi que so' por ignorancia e por preconceito se acredita na histo'ria de Fatima.
  • Lavínia
    13 mai, 2016 Covilhã 13:52
    Mas esta gente não se encherga? Têm o mesmo direito à sua opinião como qualquer um, mas só isso. Detêm os interesses de apenas e tão somente, uma das várias religiões existentes num país LAICO, que se chama Portugal.Remetam-se à sua condição, por favor e não chateiem.
  • Álvaro de Jesus
    13 mai, 2016 Porto 13:06
    O Arcanjo MIGUEL chama-lhe 'Divina MARIA'. O Cardeal de Lisboa, chama-lhe 'Santa Maria', quando não há santos no Céu, mas sim Mestres. JESUS, Ele mesmo, é o Divino Mestre. Cuidado Senhor Cardeal!

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