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​Santana Lopes quer Misericórdia a ajudar a acelerar processos de adopção

02 mar, 2016 - 22:35 • José Pedro Frazão

No arranque para um novo mandato de três anos à frente da Santa Casa da Misericórdia, Pedro Santana Lopes quer apostar nos cuidados de saúde, investigação científica e património. E também ajudar em processos de adopção.

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Pedro Santana Lopes quer colocar a Misericórdia de Lisboa no esforço de agilização dos processos de adopção de crianças. Este é uma das intenções do provedor reconduzido pelo Governo para um mandato de três anos, entrevistado na Edição da Noite da Renascença.

“A adopção é uma área em que, em conjunto com outras instituições e com o Governo, queremos tornar o mais eficaz possível. Queremos tentar ultrapassar aqueles atrasos tradicionais em famílias que aguardam tão ansiosamente oportunidade acolher uma ou mais crianças”, afirma Santana Lopes.

Entre as prioridades para o próximo triénio, o provedor destaca ainda as áreas do património e a concretização de dois projectos hospitalares.

“Alguns são muito importantes para a sociedade como na área dos cuidados continuados, por exemplo, no antigo Hospital Militar, na Estrela. Outro projecto que acarinho muito é o novo Hospital de Sant'Anna - já tinha este nome há muitos anos, como gosto sempre de lembrar. Há outros projectos em que sinceramente gostava de continuar a trabalhar para assegurar que marcham no ritmo que considero importante, sem atrasos, para que sejam concluídos embora considere que já são irreversíveis. É com gosto que recebo essa prova de confiança do Governo”, confessa o antigo primeiro-ministro.

Um laboratório no Alcoitão

Mas há mais na agenda de Santana para os próximos três anos. “[Queremos] desenvolver a possibilidade de vários tipos de arrendamento social, no turismo social”, exemplifica o Provedor da Misericórdia de Lisboa.

Referência especial merece ainda a área da investigação em sectores onde a Santa Casa trabalha. “Vamos criar um grande laboratório científico em Alcoitão que trabalha com as pessoas com dependência física. É um investimento muito significativo, muito pesado, com o qual já falei com o comissário europeu Carlos Moedas. Vai permitir a Alcoitão aproveitar e utilizar na investigação o trabalho que todos os dias realiza em muitos pacientes a quem devolve a esperança de melhorarem o seu estado”, revela Pedro Santana Lopes.

Elogios ao Governo e uma nova equipa

Com a entrada de duas novas personalidades, a equipa de Santana Lopes conta agora com nomes sugeridos pelo Governo e pela Câmara de Lisboa que merecem o acordo do provedor.

“Entrou um novo vice-provedor, o doutor Edmundo Martinho, que tem muita experiência na área e foi presidente do Instituto da Segurança Social e entra o doutor Sérgio Cintra, que era presidente da Gebalis, empresa que gere os bairros municipais de Lisboa, indicado pela Câmara de Lisboa ao Ministro da Segurança Social para este o nomear”, explica o antigo primeiro-ministro.

Santana dá nota pública da “ correcção do Governo ao conduzir todo este processo”, já que os nomeados mereceram o acordo do provedor.

“O Governo respeitou escrupulosamente os estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que prevêem que o Provedor é nomeado pelo Primeiro-Ministro e pelo Ministro e os outros membros da mesa são designados pelo Ministro, ouvido o Provedor. O Governo, também com a indicação do nome pelo Presidente da Câmara, foi correctíssimo comigo. Isso também contribuiu para que aceitasse de novo esta incumbência”, remata Santana Lopes.

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