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​VISTO DE BRUXELAS

Negociações longas terminam com surpresas

04 jul, 2019 - 14:11 • Pedro Caeiro e Vasco Gandra

Foi complicado encontrar um nome para suceder a Jean-Claude Juncker nos próximos anos à frente da Comissão Europeia, e o nome encontrado acabou por ser uma surpresa. No entanto, é ao Parlamento Europeu que cabe a última palavra.

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Visto de Bruxelas (04/07/2019)

A cimeira de Bruxelas para decidir os cargos de topo das instituições europeias, já entrou para história como uma das mais longas. Os líderes europeus estiveram entre domingo e terça-feira numa maratona negocial esgotante para conseguir um acordo.

O cargo mais discutido foi o da presidência da Comissão Europeia. Os líderes acabaram por indicar aquela que foi até agora ministra alemã da Defesa Ursula von der Leyen.

Durante as primeiras horas da Cimeira ainda ganhou força a opção do candidato apoiado por António Costa o socialista holandês Frans Timmermans e um acordo esteve próximo. No entanto, apesar de Merkel apoiar a solução de compromisso que incluía Timmernans à frente da Comissão, vários líderes da sua família política (o PPE) mas também a Polónia e Itália, constituiram uma minoria de bloqueio contra o socialista holandês. No final, António Costa mostrou-se preocupado com o que considera ser a influência dos países de Visegrado – Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia – aliados da Itália de Matteo Salvini.

Foi então necessário encontrar alternativas. Entre avanços e recuos e após terem sido testados inúmeros nomes, começou a ganhar força na terça feira um cenário que incluía duas mulheres nas principais instituições: a ministra alemã da Defesa para a Comissão e a francesa Christine Lagarde para o Banco Central Europeu, ambas do PPE.

A estes nomes juntou-se o do ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros o socialista Josep Borrel para a diplomacia europeia, e do liberal belga Charles Michel para o Conselho. O pacote de nomes ficou completo esta quarta-feira com a eleição do italiano David Sassoli para a presidência do Parlamento Europeu. E é justamente esta instituição que ainda deverá aprovar o nome da candidata alemã para a Comissão Europeia. Neste momento não está garantido. Já que as principais famílias políticas em Estrasburgo reivindicam que o nome seja escolhido entre um dos seus candidatos.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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