Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

"CAN vai abrir a porta do Sporting a Gelson Dala"

24 jun, 2019 - 12:50 • Pedro Azevedo

António Caldas, treinador que trabalhou seis épocas no futebol angolano, elege o avançado como uma das figuras das “palancas negras” que se estreiam na CAN, esta segunda-feira.

A+ / A-

A seleção de Angola começa, esta segunda-feira, a campanha na Taça das Nações Africanas (CAN) frente à Tunísia. Marcel Keizer, treinador do Sporting, estará particularmente atento à prestação de Gelson Dala, que falhará a primeira partida, por lesão. O jovem avançado de 22 anos, fez uma época no Rio Ave de bom nível com 26 jogos e 7 golos. O empréstimo terminou mas ainda não é líquido que Dala regresse a Alvalade.

O treinador António Caldas, que trabalhou durante seis temporadas no futebol angolano, acredita que na CAN Gelson Dala irá convencer Marcel Keizer.

“Dala fez uma belíssima época no Rio Ave. Já tinha bastante qualidade mas faltava adquirir capacidade para por em prática a sua habilidade. Evoluiu muito em termos de inteligência, na forma como aborda os lances. A CAN chega na melhor altura para o treinador do Sporting o observar e abrir-lhe a porta para o regresso ao Sporting. Gelson Dala tem qualidade para se impor e fazer parte da equipa principal do Sporting”, considera o antigo treinador que em 2011 e 2012 ganhou a Taça e a Supertaça de Angola pelo Interclube de Luanda.

Seis “portugueses” na seleção de Angola

Na seleção angolana atuam seis jogadores dos quadros de equipas portuguesas: Bruno Gaspar e Gelson Dala (Sporting), Buatu (Rio Ave), Mateus (Boavista), Evandro Brandão (Leixões) e Wilson Eduardo (Braga).

O lateral Bruno Gaspar não atingiu níveis exibicionais elevados na última época em Alvalade e a competição no Egipto poderá ser importante para o jogador. “Não foi regular mas nesta prova pode demonstrar que tem argumentos para dar o salto e atingir outros patamares”.

Em entrevista a Bola Branca, António Caldas elege Wilson Eduardo como a principal figura da seleção angolana. “Com a filosofia de jogo que treinador sérvio Srdjan Vasiljevic está a colocar na seleção angolana, permite ao adversário posse de bola e subida no terreno para motivar saídas rápidas. Wilson Eduardo com a sua velocidade e inteligência pode ser um jogador muito importante para dar mais capacidade ofensiva à equipa”, argumenta.

Seleção angolana está diferente e tem mais experiência

António Caldas conhece bem o futebol angolano e o quadro de jogadores que participa na Taça das Nações Africanas. O treinador não atribui às “palancas negras” favoritismo na prova.

“Não vai ser fácil. Angola parte sempre com expectativas altas e este novo selecionador colocou uma filosofia no coletivo que acrescenta valor, com jogadores mais experientes. Antes, eram jogadores mais desconhecidos e atuavam em maioria no campeonato angolano, faltando maturidade para estar ao mais alto nível. Hoje a equipa tem a experiência e qualidade que em alguns momentos do jogo poderão ser importantes para superar as dificuldades que irá encontrar”, sustenta o treinador português.

A seleção angolana defronta nesta segunda-feira, às 18h00, a Tunísia. No outro jogo do Grupo E, jogam às 21h00, Mali e Mauritânia,.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+