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Espanha. Mulheres que se juntaram ao Estado Islâmico querem regressar à Europa

04 abr, 2019 - 09:00 • Redação

O jornal “El País” localizou três cidadãs espanholas num campo de detenção na Síria.

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Com a derrota do autoproclamado Estado Islâmico na Síria, os países europeus debatem-se com o que fazer aos “seus” jihadistas.

Nos últimos meses foram noticiados os casos de, pelo menos, três crianças e duas mulheres familiares de jihadistas com nacionalidade portuguesa a viver a viver em campos curdos, na Síria.

Em Espanha há também casos de mulheres que estão em campos de detenção na Síria e que pretendem regressar à Europa. O jornal “El País” localizou três cidadãs no campo sírio de Al Hol, onde estão retidos milhares de familiares de jihadistas.

Estas três mulheres viajaram com os maridos para a Síria em 2014 e têm a seu cargo 15 menores. O marido de uma delas está preso, os outros dois morreram.

Todas manifestam o desejo de voltar a Espanha. “A única coisa que desejamos é sair daqui. Não nos podem condenar por cuidar da casa e dos nossos filhos no Estado Islâmico”, dizem ao “El País”.

Garantem que foram enganadas pelos maridos, quando as levaram para Síria. Dizem que lhes prometeram uma viagem de lazer ou uma nova vida na Turquia. Mas, chegadas a solo turco, fizeram-nas cruzar ilegalmente a fronteira e entrar em território sírio na altura controlado pelo autoproclamado Estado Islâmico, contam.

São três entre as mais de 10 mil mulheres estrangeiras que se encontram neste campo. No total, o campo de detenção de Al Hol tem mais de 73 mil pessoas. Cerca de 27% são mulheres e 65% são crianças. A maioria tem nacionalidade síria ou iraquiana.

Segundo o presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), em entrevista à Renascença, Portugal tem “um número diminuto” de jihadistas e familiares que aderiram ao autoproclamado Estado Islâmico.

Para António Nunes, Portugal só deve recebê-los se houver um acordo de “entrega partilhada” com os outros Estados-membros da União Europeia.

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