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Aeronave que caiu em Bragança sofreu “falha estrutural catastrófica”

19 mar, 2019 - 20:06 • Redação

Todas as transmissões rádio "foram realizadas 'às cegas' devido ao serviço de informação de tráfego deste aeródromo não estar ativo”, sublinha a investigação preliminar do GPIAAF.

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A aeronave ultraleve que se despenhou no sábado, em Bragança, sofreu uma “falha estrutural catastrófica da raiz da asa direita”, revela uma nota informativa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Rodoviários (GPIAAF).

De acordo com o documento a que a Renascença teve acesso, “não foram encontrados quaisquer indícios de explosão ou incêndio no pré ou pós acidente”.

A aeronave ultraleve, modelo Sport Cruiser UL, operada pelo Aero Clube de Bragança, descolou às 17h24, de sábado, do aeródromo de Bragança , com boas condições climátéricas, indicam os peritos, e despenhou-se cerca das 17h40.

O acidente provocou a morte aos dois ocupantes do aparelho, um piloto da TAP, de 29 anos, e um empresário, de 60, também com experiência em pilotagem.

A nota informativa do GPIAAF indica que, pelas 17h33, “um dos ocupantes da aeronave reportou “às cegas” referindo que estava na final para a pista 20, sem, no entanto, declarar as suas intenções”.

“Todas as transmissões rádio efetuadas pelo tráfego em Bragança e durante o voo do acidente foram realizadas “às cegas” devido ao serviço de informação de tráfego deste aeródromo não estar ativo”, sublinha a investigação preliminar.

A aeronave ligeira fez uma aproximação à pista 20 do aeródromo de Bragança, mas chegou a aterrar e “continuou o seu voo”.

“Na sequência da execução de um conjunto de manobras ainda por determinar, a aeronave sofre uma falha estrutural catastrófica da raiz da asa direita, levando a que esta seja projetada contra a canópia e separando-se totalmente da aeronave”, indica o Gabinete de Investigação de Acidentes Aéreos.

O Sport Cruiser UL, de fabríco checo, ficou "fora de controlo" e despenhou-se a cerca de quilómetro e meio da pista, perto da aldeia de Varge.

“Durante o impacto da aeronave com o solo foram desenvolvidas forças de desaceleração que excederam largamente as tolerâncias humanas, sendo o acidente classificado como de impacto sem probabilidade de sobrevivência”, concluíram os peritos.

A GPIAAF abriu uma investigação para apurar as causas do acidente, que vai incidir sobre "os procedimentos e atitudes" do piloto e do co-piloto, o funcionamento da aeronave antes do desastre e estimativa da trajetória nos últimos minutos de voo. Depois, vai publicar um relatório final.

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