30 nov, 2018 - 09:50
Boca Juniors e River Plate não querem que a segunda mão da Taça Libertadores se realize em Madrid. Os dois clubes anunciaram, esta sexta-feira, que vão recorrer da decisão do Tribunal de Disciplina da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
A Conmebol decretou que a segunda mão da final - adiada devido às cenas de violência, com ataque aos jogadores do Boca, que se verificaram na data original da partida, 24 de novembro - se jogará a 9 de dezembro, no Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid. Em comunicado, o River Plate, que teria recebido o jogo no seu estádio, informou que vai recorrer da decisão, assim como da sanção económica que lhe foi imposta pelo comportamento dos seus adeptos, que levou a todo este impasse.
Já o Boca comunicou, no seu site oficial, que também não concorda com a deslocação da final para Espanha e que irá recorrer dessa decisão ao Tribunal Arbitral do Desporto, por considerar que é "claramente contrária aos regulamentos e precedentes jurispudenciais".
O clube exige, assim, a desqualificação do River Plate e consequente atribuição automática do troféu ao Boca Juniors. Isto porque tudo foi provocado pelas cenas de violência verificadas junto do estádio do River, antes do que teria sido a segunda mão, que acabou por ser adiada.
Vários jogadores do Boca ficaram feridos, no sábado passado, por serem sido atingidos por vidros ou devido ao uso de gás lacrimogéneo por parte da polícia, com o capitão Pablo Pérez a ter de ser assistido no hospital, antes de regressar ao estádio, com uma pala a proteger o olho esquerdo.
O jogo da primeira mão desta final inédita, disputado na Bombonera, casa do Boca Juniors, terminou com um empate a duas bolas.