19 nov, 2018 - 14:35
A estação televisiva CNN pediu a um tribunal que marque uma audiência de emergência para ouvir o seu caso contra a Casa Branca de Donald Trump, após o Presidente ter ameaçado retirar novamente a credencial de acesso ao jornalista Jim Acosta.
"A Casa Branca continua a violar as 1.ª e 5.ª emendas da Constituição", acusou o canal norte-americano em comunicado divulgado no domingo. "Estas ações ameaçam todos os jornalistas e organizações noticiosas. Jim Acosta e a CNN vão continuar a dar notícias sobre a Casa Branca e o Presidente."
Na sexta-feira, um juiz federal deu razão à CNN na sua queixa contra Trump, ordenando que Acosta voltasse a ter acesso à Casa Branca durante 14 dias. Na sua sentença, o juiz Timothy J. Kelly ditou que os direitos do jornalista foram violados à luz da 5.ª emenda, sem excluir o argumento da CNN sobre violações da 1.ª emenda, relativa à liberdade de expressão.
Nesse mesmo dia, a Casa Branca enviou a Acosta uma carta formal onde referia a sua "decisão preliminar" de voltar a suspender a credencial de imprensa de Acosta assim que a ordem judicial expirar, no final do mês. Na missiva, a administração Trump voltava a citar como justificação para esta decisão a acesa troca verbal entre o Presidente e o jornalista, que teve lugar numa conferência de imprensa a 7 de novembro.