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BPN já custou ao Estado 3,66 mil milhões de euros

12 jun, 2017 - 15:19

Em 2016, o BPN agravou o seu peso nas contas públicas em 420 milhões de euros, valores provisórios avançados pelo Tribunal de Contas.

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O custo acumulado da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) para o Estado continuou a subir e no final de 2016 ultrapassava os 3,66 mil milhões de euros, segundo um relatório divulgado esta segunda-feira pelo Tribunal de Contas (TdC).

No relatório sobre o acompanhamento da execução orçamental da Administração Central em 2016, o TdC aponta que apenas no ano passado o BPN agravou o seu peso nas contas públicas em 420 milhões de euros, valores provisórios.

No final de 2016, o saldo acumulado das receitas e despesas orçamentais decorrentes da nacionalização e reprivatização do BPN e da constituição e funcionamento das respectivas sociedades-veículo Parvalorem, Parups e Parparticipadas ascendia a -3,66 mil milhões de euros.

Este valor resulta do saldo negativo acumulado dos anos anteriores: 735,8 milhões de euros em 2011, 966,4 milhões em 2012, 468 milhões em 2013, 476,6 milhões em 2014 e 593,9 milhões em 2015 e 420 milhões no ano passado.

A factura do BPN para o Estado ainda pode continuar a subir, até porque o tribunal ainda não tem dados de 2016 da Parvalorem, da Parups e da Participadas – as sociedades-veículo criadas para gerir os activos do banco considerados tóxicos –, que em 2015 apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.200,7 milhões de euros, "encargos que poderão vir a ser suportados pelo Estado no futuro".

A nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) em 2008 foi a primeira em Portugal depois de 1975 e a queda do banco deu origem a vários processos judiciais.

Quatro anos depois de ter sido posto sob a gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BPN foi vendido ao Banco BIC Português, entidade de capitais luso-angolanos.

Comentários
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  • a factura
    15 jun, 2017 lx 15:46
    dos "banqueiros" PSDs, que o povo paga!...coisa pouca! 3,66 mil milhões, fora o resto!
  • SALAZAR
    12 jun, 2017 LX 17:05
    POIS É, MAS OS CONDENADOS A PENAS MISERÁVEIS DE 3, 4 E 5 ANOS PAGAM 10, 20 OU 30 MIL EUROS E FICAM TODOS COM A PENA SUSPENSA. GRANDE JUSTIÇA EM PORTUGAL...
  • Rui
    12 jun, 2017 Porto 15:38
    E depois,foi o povo que viveu acima das suas posses...Os banqueiros é que andaram a brincar ao monopólio com o dinheiro dos contribuintes...

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