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​Aumentos nas comunicações “não se justificam”, diz defesa do consumidor

12 dez, 2023 - 14:59 • Carla Fino

Jurista da Deco defende maior concorrência no setor e assegura que cenário em Portugal é contrário ao que se verifica no resto da Europa.

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A defesa do consumidor assegura que “não se entendem” e “não se justificam” os aumentos previstos para 2024 na área das comunicações. É o que diz à Renascença Luís Pisco, jurista da Deco.

Em causa está a notícia avançada pelo jornal online ECO que revela que Meo, Nos e Vodafone estarão a preparar-se para subir o preço dos serviços, em linha com a inflação, ou seja, um aumento de 4,6% a partir de 1 de fevereiro do próximo ano.

Em declarações à Renascença, Luis Pisco diz que “não entende” estes aumentos até porque, "os seus congéneres europeus, têm vindo a reduzir gradualmente os preços das comunicações".

O jurista da DECO considera que o mercado nacional é 'vítima' de uma fraca concorrência, lembrando que é "um mercado em que só três grandes operadores”.

“Não se justifica, de facto, que, ao contrário do resto da Europa, nós estamos a ser penalizados em termos de preços de comunicações com aumentos que nos últimos três anos têm sido brutais", refere Luis Pisco.

O jurista da Associação de Defesa do Consumidor defende por isso que o país deve trabalhar para abrir o mercado a mais operadores. "É preciso mais concorrência, mais concorrentes e ofertas comerciais mais competitivas", apela.

Luís Pisco considera que só assim é possível colocar “o mercado verdadeiramente a funcionar”, no qual “os operadores terão de baixar preços para competir pelos seus clientes e não o que está a acontecer em Portugal em que temos três grandes operadores, com preços e ofertas muito semelhantes em que, existe um mercado quase parado, pouco competitivo e caro para os consumidores".

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