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Igreja deve "abandonar o púlpito" para comunicar na internet

04 out, 2013 • Paula Costa Dias

Cónego João Aguiar Campos defende que é preciso habitar a "lógica das comunidades", de "proximidade e escuta" no ambiente digital.

Igreja deve "abandonar o púlpito" para comunicar na internet
Repensar o papel da Igreja num tempo em que vivemos também no mundo virtual. Foi o desafio que levou a Fátima Antonio Spadaro, que fez a 1ª grande entrevista de fundo ao Papa Francisco. Nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, o jesuíta defendeu que, na internet, a Igreja tem de abandonar a lógica do púlpito.

Aprender a falar com as comunidades é o grande desafio que sai das Jornadas das Comunicações Sociais, que terminaram esta sexta-feira, em Fátima. Uma aprendizagem que a Igreja tem de fazer numa atitude de proximidade, salienta o director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

“O desafio deste ambiente é encontrar-se com um homem que já não faz perguntas, que não procura, mas que estará aberto a ser encontrado se lhe soubermos apresentar questões com sentido e, nesse sentido, a aprendizagem também que temos de fazer é abandonar a lógica do púlpito, onde um fala para algumas dezenas ou centenas que escutam, para habitarmos a lógica das comunidades”, afirma o cónego João Aguiar Campos.

E que outra atitude é que os membros da Igreja devem seguir para chegar às pessoas? O sacerdote recomenda “uma postura de proximidade e de escuta, e para não falarmos daquilo que, eventualmente, nos ocupa, nos preocupa ou até nos agradaria, mas para fazermos a viagem do homem nos caminhos que ele percorre com as dúvidas, com os anseios que ele tem dentro de si”.

As Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais juntaram em Fátima perto de duas centenas de pessoas que reflectiram sobre a comunicação no ambiente digital.