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Papa reza pela situação na Ucrânia

02 mar, 2014 • Filipe d’Avillez

A reflexão deste domingo foi dedicada à divina providência. No final Francisco recordou que estamos prestes a entrar na Quaresma.  

Papa reza pela situação na Ucrânia
O Santo Padre apelou à comunidade internacional para privilegiar as soluções pacíficas para o conflito na Ucrânia, através do diálogo.
O Papa Francisco recordou de forma especial a Ucrânia, esta manhã, durante a oração do Angelus na Praça de São Pedro, em Roma.

No final da oração Francisco lançou um apelo à comunidade internacional no sentido de encontrar uma solução pacífica para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, por causa da Crimeia.

“Peço-vos que rezem agora pela Ucrânia, que está a viver uma situação delicada. Espero também que todos os países se esforcem para ultrapassar as incompreensões e para construir em conjunto o futuro da nação e peço à comunidade internacional um apelo para apoiarem todas as iniciativas a favor do diálogo e da concórdia”, disse Francisco.

Francisco referiu-se unicamente à Ucrânia, nunca à Rússia nem à Crimeia.

O grosso da reflexão do Papa este domingo foi sobre a divina providência. Francisco recordou a passagem dos Evangelhos em que Jesus diz aos apóstolos para verem como os passarinhos do céu não trabalham mas nunca lhes falta comida, e como os lírios do campo não tecem, mas estão vestidos de forma mais bela que o Rei Salomão, indicando assim que os fiéis não se devem preocupar com o seu futuro, mas confiar unicamente em Deus.

“Pensando em tantas pessoas que vivem em condições precárias”, disse o Papa, “estas palavras de Jesus podem parecer abstractas ou ilusórias. Mas na realidade são muito actuais! Recordam-nos que não podemos servir a dois senhores: Deus e o dinheiro”.

Segundo Francisco, se todos confiassem na providência, em vez de se preocuparem em acumular riqueza, os bens chegariam para todos.

No final da audiência o Papa falou também do início da Quaresma, na próxima semana. “É o caminho do povo de Deus em direcção à Páscoa, um caminho de conversão, de luta contra o mal com as armas da oração, do jejum e da misericórdia. A humanidade tem sede de justiça, de reconciliação, de paz e só as encontrará quando se voltar para o coração de Deus”.

“Entramos na Quaresma num espírito de solidariedade fraterna com quantos, neste tempo, atravessam as provações da pobreza e dos conflitos violentos”, referiu ainda Francisco.
 
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