Governo apresenta novo plano do turismo com aposta na religião

02 abr, 2013 • Paulo Ribeiro Pinto

Secretário de Estado diz que as novas metas são mais realistas e recusa comprometer-se com objectivos de criação de emprego: “Isso eram hábitos de governos anteriores”.

O novo Plano Nacional do Turismo volta a abranger o turismo religioso, considerado agora de importância para o país. O Governo apresentou, esta terça-feira, as linhas gerais da política para o sector, considerado vital para a economia portuguesa.

O Executivo espera nomeadamente um aumento de dormidas, mas também de receitas, sublinhando que este é um plano distinto do anterior.

Segundo o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, o antigo plano pecava por excesso: “Novos objectivos mais realistas, que prevêem um crescimento médio anual de 3,1% de dormidas, face aos 5% que estavam previstos no número de turistas internacionais, e um crescimento médio anual de receitas de 6,3% e não de 9% como estava previsto."

O secretário de Estado do Turismo garante não existirem promessas de criação de empregos, uma vez que essa não é competência do Governo. “Emprego não se cria nem por decreto nem em folhas de papel, nem se pode projectar. Isso eram hábitos de Governos anteriores. O que temos como certeza é que se estruturarmos os nossos produtos turísticos e os tornarmos competitivos eles geram emprego. Se está à espera que eu me comprometa com a criação de 150 mil postos de trabalho, está no Governo errado”.

A nova versão do Plano Nacional do Turismo já inclui o turismo religioso, que o Governo considera agora importante para o país.

O Executivo quer passar à fase de procurar novos mercados no norte da Europa, América Latina e América do Norte.