Confrontos na Venezuela entre apoiantes e opositores do presidente já fizeram 7 mortos

16 abr, 2013

Há ainda vários feridos e detenções a registar. Candidatos mais votados nas eleições ficaram separados por cerca de 300 mil votos, num país que tem quase 19 milhões de eleitores.

Confrontos na Venezuela entre apoiantes e opositores do presidente já fizeram 7 mortos

Os confrontos na Venezuela que se sucederam ao acto eleitoral de domingo já fizeram pelo menos sete mortos, 61 feridos e 135 detidos. A actualização do número de vítimas e detenções foi feita esta terça-feira por fonte oficial venezuelana.

Quer Capriles, o segundo mais votado, quer Maduro, eleito presidente, convocaram manifestações de apoiantes, o que aqueceu o ambiente, especialmente em Caracas. Os manifestantes, maioritariamente apoiantes do líder da oposição, bloquearam ruas, queimaram pneus e confrontaram-se com a polícia.

Henrique Capriles exigiu a recontagem dos votos depois da diferença mínima para Nicolas Maduro - cerca de 300 mil votos num país com quase 19 milhões de eleitores. No entanto, a comissão eleitoral local já rejeitou essa recontagem.

Na sequência destes incidentes, o presidente eleito Nicolás Maduro diz que foi derrotado um golpe de estado e comparou Capriles a Hitler. Decidiu ainda proibir uma marcha prevista para esta quarta-feira para exigir a recontagem dos votos.

À Renascença, a conselheira das comunidades portuguesas, Maria de Lurdes Almeida, descreveu segunda-feira que se vivia um "ambiente estranho" no país, com poucas celebrações na rua depois do anúncio da vitória de Nicolas Maduro, e considerava que a recontagem "tem de ser feita".

O candidato do chavismo, Nicolas Maduro, venceu as eleições na Venezuela com 50,66% dos votos, confirmou segunda-feira a presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena. Maduro prepara-se assim para suceder a Hugo Chávez como presidente do país, após a vitória por uma margem muito curta.