10 jan, 2013 • Domingos Pinto
A economista Manuela Silva, coordenadora do grupo de reflexão "Economia e Sociedade" da Comissão Nacional Justiça e Paz, critica duramente o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) com propostas de novos cortes no Estado.
“Numa primeira apreciação, considero que ele é ofensivo porque ignora a Constituição, utilizando instrumentos que não estão à disposição de nenhum Governo de um país democrático para serem utilizados”, afirma Manuela Silva em entrevista à Renascença.
O documento encomendado pelo Executivo quer criar um "Estado social mínimo" em Portugal e vai contra os princípios da doutrina social da Igreja, sublinha.
Manuela Silva aponta o dedo às medidas deste relatório e duvida que o Governo tenha até legitimidade para impor medidas desta natureza.
“O Governo foi eleito na base de um programa, esse programa é que dá legitimidade ao Governo e não é com base num aconselhamento técnico que se podem fazer alterações da gravidade destas que estão a ser propostas”, afirma a economista.