Autarca garante que "cluster" aeronáutico de Évora "não está em perigo"

16 jan, 2012

Academia despediu 33 dos 48 trabalhadores, mas há outros interessados em investir, diz Ernesto d’Oliveira.

O despedimento de 33 dos 48 trabalhadores da Academia Aeronáutica de Évora não significa o encerramento da Escola de Pilotos. A garantia dada hoje pelo director da Academia ao presidente da Câmara de Évora, com o qual manteve uma reunião à porta fechada.

No final do encontro, o director da Academia Aeronáutica de Évora, Victor Brandão, não fez declarações, alegando que não tem autorização para o efeito e remeteu esclarecimentos para a CAE (Canadian Aviation Electronics), empresa canadiana que dispensa agora 60% dos seus trabalhadores, sobretudo pessoal ligado ao treino de voo.

A medida deriva da redução do número de alunos, actualmente são apenas 38. Um despedimento que apanhou todos de surpresa, até o próprio presidente da Câmara de Évora. Ainda assim, José Ernesto d’Oliveira garante que não está em causa o projecto de desenvolvimento de “cluster” aeronáutico na cidade.

“A academia não manifestou a intenção de encerramento e, em segundo lugar, outras escolas usam com regularidade o aeródromo de Évora. Em terceiro lugar há intenção de criação de outras escolas, não necessariamente ligados a pilotagem mas ligado ao pessoal da aeronáutica, pessoal de bordo, hospedeiras, por exemplo que estão em negociações com a Câmara para se instalarem”, explica o autarca.

“A dinâmica de criação desse cluster aeronáutico mantém-se. As fábricas da Embraer estão praticamente concluídas, outras três fábricas estão em negociação avançada. No seu conjunto a aposta estratégica continua com o mesmo empenho da nossa parte”, garante.

José Ernesto d’Oliveira revelou ainda que a escola de pessoal de voo que pode vir a instalar-se em Évora é um investimento de uma empresa privada portuguesa e que as negociações estão adiantadas.