Forças de segurança asseguram direito ao trabalho na greve geral

25 jun, 2013 • António Pedro

Ministro Miguel Macedo diz ser preciso evitar uma crise de segurança, mas recusa ver as manifestações e a greve como fenómenos de insegurança que possam afectar negativamente o país.

Os direitos de quem quiser ir trabalhar, na quinta-feira, vão ser assegurados pelas forças de segurança. A promessa foi feita pelo ministro da Administração Interna nas vésperas da greve geral, que tem lugar na quinta-feira.

Miguel Macedo considera que o pior que poderia acontecer agora seria acrescentar uma crise de segurança à crise económica. Contudo, para o governante, não se pode confundir instabilidade com insegurança. “Uma coisa são tensões sociais, julgo que a generalidade das pessoas entende isso. A livre expressão das discordâncias entre as pessoas, não é isso que cria insegurança. Quando falamos de insegurança falamos de outras coisas", disse à margem do primeiro seminário Turismo e Segurança, em Coimbra.

Questionado sobre as manifestações que se têm feito sentir contra o Governo, o ministro é claro ao afirmar que são realidades diferentes: “Isso é a expressão livre, democrática, cívica das pessoas que manifestam em qualquer sociedade, e também na nossa, como é evidente, as posições que entenderem. Não é isso que cria insegurança, não é isso que afecta a imagem de Portugal”.

A dois dias da greve geral, marcada para quinta-feira, o ministro acredita que tudo vai correr calmamente. “Como tem acontecido sempre, sem nenhum problema. Vai correr como sempre, com grande espírito cívico, como tem sido sempre valorizado por toda a gente".

Miguel Macedo garante que quem quiser ir trabalhar terá o apoio das autoridades se for preciso: “Isso não há nenhuma dúvida sobre isso”.