Governo marca “serviços máximos” nos exames mas pode ser insuficiente

13 jun, 2013

Ministério da Educação entregou recurso da decisão do Tribunal Arbitral que recusou a marcação de serviços mínimos. Resta saber se chega a tempo dos exames de dia 17.

Travada a possibilidade de marcar serviços mínimos, o Ministério da Educação chamou todos os professores, independentemente do grau de ensino, para vigiar os exames em dia de greve. Mas ninguém sabe o que pode acontecer se os professores não forem suficientes.

“Se, por hipótese, eu preciso de 50 professores e só tiver 20, irei ligar logo para o Juri Nacional de Exames para saber o que faço. Neste momento, não tenho qualquer orientação sobre o que fazer”, admite à Renascença o presidente do agrupamento de escolas de Carcavelos e dirigente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Adelino Calado.

A três dias do exame de Português, 75 mil alunos do 12º ano ainda não sabem o que vai acontecer na segunda-feira. E o mesmo se passa com os directores das escolas.

“Não há uma orientação prévia”, reforça Adelino Calado.

No mínimo, terá de haver dois professores por sala de exame e os respectivos suplentes.


Ministério entregou recurso na quarta-feira
O gabinete do ministro Nuno Crato garante que nenhum aluno vai ser penalizado no acesso ao ensino superior, mas o certo é que ainda ninguém sabe o que vai acontecer no dia do primeiro exame nacional.

Ontem, o Ministério da Educação entregou o recurso da decisão que recusou a marcação de serviços mínimos para a greve de professores, na segunda-feira. Foi entregue no Tribunal Central Administrativo do Sul.

Desconhece-se se a decisão será conhecida em tempo útil, ou seja, antes dos exames de dia 17.